Você está se sentindo ansioso e estressado com tudo que está acontecendo neste cenário de pandemia? Não é para menos, não é? O vírus abalou (ou tentou) estruturas importantes do nosso ser, como a saúde, a relação com as pessoas que amamos e a segurança financeira.
A tensão tem sido constante. Até porque, o nosso cérebro monitora o ambiente em busca de sinais de perigo. E o que mais temos nos últimos tempos são informações em texto, vídeo e áudio sobre a Covid-19. E aí, ficamos atordoados.⠀
É por isso que um dos primeiros passos para nos protegermos é buscarmos nos informar, claro, mas sem essa necessidade de vermos repetidamente tudo, orienta o psiquiatra Lucas Spanemberg.⠀
“O excesso de informações satura a nossa capacidade de capturá-las e de fazer escolhas. Estamos sensibilizados, absorvendo muitas coisas e precisamos ter parcimônia e, até mesmo, contato controlado com a informação. Uma dica é deixar para consultar uma vez por turno”, sugere.⠀
A pandemia da Covid-19 desencadeou um cenário bem desafiador para a saúde física e mental das pessoas no mundo todo. Um dos principais dilemas que ela trouxe foi o da solidão e a sensação de desemparo. “A recomendação de isolamento foi tomada em nome da preservação da vida, mas, ao mesmo tempo, isso se choca com uma necessidade básica do ser humano, que é ser social. É uma disrupção de tudo que conhecemos de relações humanas estruturadas”, relata o psiquiatra.⠀
Embora não tenhamos com evitar alguns estressores, em muitos outros casos podemos assumir o controle e gerenciá-los, minimizando a exposição e os seus efeitos. Uma das coisas mais importantes na nossa vida é que a gente aprenda a se conhecer. A construção de uma maior capacidade de resiliência começa pela auto-observação, por entendermos quais situações costumam nos deixar mais vulneráveis e o motivo disso. É importante entender os gatilhos do que está causando o estresse e, então, buscar as ferramentas e profissionais que possam nos ajudar com isso.